Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out (2025) explora novos caminhos, mas morre na praia com final previsível.
O novo longa da franquia Knives Out é uma ode aos gêneros de suspense e investigação. A figura do detetive, à la Sherlock Holmes, que pode parecer datada, volta mais uma vez com o pé na porta. Daniel Craig entrega a caricatura de um investigador aficionado pela resolução de crimes misteriosos. O ator que viveu a última encarnação do espião James Bond, na franquia 007, parece ainda se divertir, mesmo no terceiro longa da série.
Rian Johnson, diretor do suspense, não se conforma com os comodismos dos filmes anteriores e, nesta sequência, aborda temas que extrapolam a pura investigação de um crime. Josh Brolin e Josh O’Connor vivem dois lados da mesma moeda em Um Mistério Knives Out: dois sacerdotes dedicados à fé e à igreja, com métodos totalmente opostos. Enquanto o padre Jud enfrenta uma teia de influência perversa em uma pequena cidade dominada pelo fanatismo religioso, o monsenhor Wicks se dedica ao culto à personalidade pela manipulação da fé.
Confira o trailer de Crítica: Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out (Knives Out 3)
Jeremy Renner, Kerry Washington, Josh O’Connor, Cailee Spaeny, Glenn Close e Andrew Scott integram o elenco como suspeitos da morte de Wicks. Como obra de suspense e investigação, o filme consegue fazer o espectador acreditar e desconfiar da verdade por trás de determinados personagens. Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out cumpre o que se propõe com maestria, mas, diferente dos antecessores, Benoit Blanc (Daniel Craig) divide o protagonismo com o padre Jud (Josh O’Connor), que é o grande destaque do longa. Com exceção do final previsível envolvendo a personagem Martha Delacroix (Glenn Close), é um bom filme que vale a pena conferir.
Vivo ou Morto: Um Mistério Knives Out está disponível no catálogo da Netflix.
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